sábado, 12 de setembro de 2015

A saga da franjinha

Eu tenho a mania de mudar alguma coisa no meu cabelo quando minha autoestima está baixa. O que não quer dizer que toda vez que mudo algo é esse o motivo, mas acontece de eu ficar impulsiva e fazer alguma besteira. Esses últimos dias eu tenho estado com a autoestima tão baixa que nem isso ajudou, pra falar bem a verdade. Pelo contrário, acho que até piorou. Num impulso, peguei a navalha e fui desfiando da maneira que podia. No fim, gostei do resultado. No dia seguinte, nem tanto.

Lá fui eu pegar a navalha de novo e tentar dar um jeito. E gostei. Até o dia seguinte, no qual já a odiava novamente. Eu não sei dizer o que que aconteceu comigo pra minha autoestima ter estado abaixo de zero esses últimos tempos, mas sei que independente do que eu fizesse, não mudava: eu me detestava! Até que na quinta-feira passada cortei de um jeito mais retinho e... nada. A autoestima continuava ruim. Pra piorar, achei que tinha cortado curto demais, e que estava ridícula. Claro que a opinião dazamiga não foi essa - acharam fofo, e franja curta está na moda, pelo que ouvi dizer (?).

Amanheceu sexta-feira. Eu não me sentia mais tão mal. Ao me olhar no espelho, gostei do que vi. Não senti que estava ridícula: só diferente. Não mais bonita, nem feia, nem nada. Só vi na minha frente alguém que eu consegui identificar como eu mesma.

Sempre tive um certo complexo com franja porque tenho que forçar ela a ficar reta. Meu cabelo é, na verdade, meio ondulado, e a maldita da franja nunca ficava certa. Mas acho que vale a pena o esforço quando o retorno é tão grande: ver uma imagem que eu gosto quando passo perto de alguma superfícia espelhada. :)


Vamos ignorar minha cara de quem não sabe o que tá fazendo e a qualidade horrível da imagem, sim?

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Eu ouço o que eu quiser

Eu não sei exatamente que tipo de público esse blog terá, mas acredito que não é novidade pra ninguém que vestimentas podem ou não estar ligadas ao estilo musical que a pessoa mais se identifica. É uma discussão complicada, eu admito, até porque subculturas são formadas por um conjunto de coisas específicas, incluindo música e vestimentas, mas estou falando aqui mais sobre estilo pessoal mesmo.

Eu fico complexada toda vez que alguém faz uma cara estranha quando eu digo que adoro o último álbum da Taylor Swift, ou quando me encontra em alguma baladinha pop dançando Cool for the Summer como se fosse my jam.

Por muito tempo eu tentei tirar essa imagem da cabeça das pessoas, de que eu sou uma gótica trevosa que só ouve músicas tristes ou um metal pesado cujos vocais são incompreensíveis e com certeza falam sobre morte e Satã. Sim, eu ouço esse tipo de música, mas não com tanta frequência quanto a minha maneira de vestir faz as pessoas pensarem. E aaah, como eu amo quando conheço pessoas que compreendem que sou eclética e que posso me vestir do jeito que eu quiser apesar disso. <3

O que supostamente deveria me incomodar seriam as pessoas que estão inseridas em alguma subcultura alternativa que acham que ditam as regras das subculturas (algumas que eu acredito que nem regras deveriam ter), e que ficam querendo chamar qualquer pessoa de poser por ouvir alguma coisa diferente vez ou outra, mas a verdade é que eu nem perco meu tempo com gente que não consegue compreender as complexidades humanas e o fato de que nem todo mundo tem que caber em uma caixinha, um estereótipo que existe na mente do indivíduo. Mas não, o que tem me incomodado nos últimos tempos é a quantidade de gente que se encaixa no mainstream (embora eu odeie generalizar assim porque eu sei que todo mundo é diferente da sua própria maneira) que assume que dos meus fones de ouvido só pode sair algum tipo de rock e que eu jamais iria numa festa onde fosse tocar samba só por causa do jeito que eu me visto.

Eu fico triste, de verdade, em ter que explicar que eu gosto sim de ouvir outras coisas, e que sempre depende muito do meu humor, e que eu uso roupas assim porque é como eu gosto de me expressar, não sendo exatamente porque faço parte de alguma subcultura ou porque oh meu deus eu sou tão diferente. Eu só queria que as pessoas compreendessem isso...

Sério, gente. Me convidem pras festinhas, eu gosto!